Volúpia, você conhece essa cachaça?

Ser colunista do PdB me trouxe ótimas oportunidades e presentes. Agora sempre que algum amigo viaja, seja lá pra onde for, querem caçar algo que eu nunca tenha bebido pra me trazerem de recordação e, é claro, virar artigo aqui na nossa revista. Dessa vez as minhas duas gatas morenas Camilla Maria e Deli Miranda viajaram pra Paraíba e voltaram com uma lembrancinha pra mim, uma garrafa de Volúpia.

Enfim, voltando ao artigo, vamos contar a história dessa cachaça.

Um pouco da história da Volúpia

Meninas Volúpia

Que coisa meninas, vocês cheias de volúpia pra mim hehehe

Nascida em 1946 esta cachaça paraibana garante traduzir em sabor o significado do seu nome, que no dicionário quer dizer “Grande Prazer”. Interessante, não?

Quando a família Lemos comprou o engenho em 1942 talvez não soubesse que ali iria se erguer os pilares do sucesso da família. Eles começaram a fabricar uma cachaça de alto padrão e desde lá acompanham o processo, do plantio da cana até a destilação. Em 1946, com a fama crescendo, a família ainda não tinha nomeado a tão célebre bebida, e foi aí que os donos tiveram a ideia de lhe dar o nome que traduzisse todo seu sabor e as sensações que o segue, ela irá se chamar VOLÚPIA.

Volúpia, um negócio de família

História da cachaça Volúpia

O interessante é que além da forte tradição, a empresa sempre foi negocio de família e vem passando de pai pra filho desde então, começando com o Sr. Antônio Lemos em 1942 e até hoje com Vicente Lemos. Mesmo seguindo a tradição, frente as novidades do mercado, as empresas são forçadas a trazer um toque de modernidade e com a Volúpia não foi diferente. Ela lançou as frozen-fruit, que são suas cachaças frutadas com sabores mais comuns como morango, laranja e cereja, porém, alguns são inusitados como a de canela e a de banana.

Conversando com o Daniel Lemos, o relações publicas da empresa, o mesmo me informou que o foco sempre foi a tradição e a manutenção da qualidade de seus produtos, ainda me disse que as frozen-fruit nasceram da necessidade de renovação, não que a tradicional esteja em baixa, longe disso, mas as frutadas trazem um novo publico, principalmente jovens no geral que gostam de sentir os efeitos do álcool consumindo algo com o sabor mais palatável, já que o gosto possante de algumas bebidas assustam os menos íntimos a esse tipo de paladar.

Quando perguntei sobre como fica a produção frente ao consumo que só vem crescendo no país, Daniel me informou que o compromisso é com a qualidade, o aumento da produção que hoje já está em 200 mil litros por safra tem sido estudado, mas através do processo de industrialização que de nada estraga a forma artesanal que garantiu o sucesso até agora. Por isso talvez a empresa vem dando passos menos longos, porém mais seguros quando o assunto é ampliação. Mesmo assim já está presente nos principais estados consumidores de cachaça como Minas, Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

A Volúpia e seus diferenciais

Rótulos da Volúpia

Quando perguntei qual o diferencial da Volúpia, já que tem surgido inúmeras empresas fabricantes de cachaça no Brasil, o que a empresa faz de forma técnica, pra se destacar e garantir a preferência do consumidor, Daniel não hesitou em discorrer.

Primeiramente existe a questão do nosso solo, que é propicio para a plantação de cana, e partindo desse principio, fazemos cachaça com cana-de-açúcar plantada 100% pela nossa empresa. Infelizmente acontece que muitas cachaças aqui na Paraíba compram cana de outros engenhos para fazer sua cachaça, atividade essa que foge completamente dos nossos parâmetros de qualidade.

Outro fator que pode se abordar é o descanso da cachaça, toda cachaça após destilada vai direto para barris de Freijó, para assim passar 12 meses descansando, então dessa forma ela assume um aroma e sabor mais amadeirado e suave ao paladar e olfato. Temos também a linha envelhecida, que fica, além dos 12 meses em Freijó, 4 anos em barris de carvalho.

Repito, infelizmente muitas cachaças na Paraíba e também no Brasil não praticam esse processo por conta do custo de se manter um material de venda um ano parado. Diria eu que é um pecado se produzir um destilado tão rico e bonito e não deixa-lo descansado o tempo que ele merece.

Finalizando

Eu bebi a frozen-fruit canela e gostei muito. O álcool continua presente, porém com um sabor suave, isso deixa você mais à vontade, o que é um perigo, pois se começa a consumir demais os efeitos da bebedeira chega e quando cair em si já subiu na mesa e dançou até o chão hehehhe

Alguém aqui já provou a Volúpia? O que acharam?

Aquele abraço