Stammtisch nada mais é do que barracas com grupos de amigos em uma rua da cidade. Nessas barracas, encontram-se pessoas, cervejas, cadeiras, cervejas, violões, cervejas, comida, cervejas, muita animação e cervejas.
Como seguidora das tradições germânicas (meu sobrenome deve explicar isso) vou compartilhar com vocês, leitores, o que meus olhos viram no Stammtisch da cidade de Blumenau –SC.
Stam o quê? Stammtisch! Recontrapuxa…
Para quem não conhece, Stammtisch nada mais é do que barracas com grupos de amigos em uma rua da cidade. Nessas barracas, encontram-se pessoas, cervejas, cadeiras, cervejas, violões, cervejas, comida, cervejas, muita animação e cervejas.
No início da manhã, você encontra os donos das barracas com o rosto cheio de marcas de travesseiro. A hora vai passando e você começa a escutar a voz das pessoas aumentando alguns consideráveis decibéis. E cá entre nós… A partir do momento que isto acontece… Ok. O Stamm começou de verdade!
Daí pra frente é só alegria. Todo mundo começa a virar seu amigo de infância. Você conta seus segredos mais intímos para o vizinho de barraca. O que é super válido, afinal de contas, amanhã ninguém vai lembrar-se de nada mesmo.
Boas companhias, boas músicas. Ou não…
Créditos: lupee
E as músicas então? As músicas são de uma “finura” incrível. Me dá um tchu, me dá um tchá, me dá o tchêtchêrêrê tchê tchê. Boate azul foi a mais cantada. Até porque no estado que o pessoal se encontrava, até eu procuraria remédio na vida noturna se estivesse doente de amor.
Mas e o que seriam das “moçoilas” do Stamm se fossem só as músicas e não as cantadas? Graças ao bom humor dos homens, nós mulheres saímos de lá com a autoestima mais pra cima que cabeça de gigante. Até porque qual é a mulher que não ficaria super feliz em receber um: “Eu queria ser vesgo só pra te ver dobrado!”? Se bem que no estado que o ser humano se encontra a ponto de falar isso, ele já devia estar vendo dobrado há muito tempo.
Cantadas de porteiros e figuraças clássicas
Créditos: Ilona
Mas o importante mesmo não são as cantadas, e sim, as figuras (que na verdade já são tazos) que você encontra por lá. Sempre tem o bombadão que é tão malhado, mas tão malhado, que parece que carrega uma melancia em cada braço… Não consegue encostá-los no corpo como as pessoas normais.
Tem também os homens “encoleirados” que estão com as mulheres junto. Esses são fáceis de identificar. Estão sempre de óculos escuro mesmo que o tempo esteja mais feio que camisa preta desbotada. E as meninas que estão prontas para o crime? Essas customizam a camisa do grupo. Fazem de um ombro só, tomara que caia, costas de fora ou decotão. Tudo isso acompanhado a um shortinho de 2,5cm e um scarpin salto 15, mesmo que estejam fazendo -8ºC.
E por último, mas não menos importante, o de menor que passa mal, vomita na calçada, vai carregado pra casa, liga pra ex-namoradinha, arranja confusão, leva esporro da mãe, ganha banho do pai, fica três dias sem internet como castigo, é zoado na escola na segunda e é o “trêbado” de amanhã.
Finalizando a festa…
Créditos: Piratenpartei Unterfranken
E então, chega o tão esperado (para alguns) fim da festa. Se você consegue contar a história do rato que roeu a roupa do rei, parabéns, você está sóbrio. Se você está super simpático rindo de tudo e fazendo arremesso de cuspe à distância ao falar, você está no brilho. Agora se você está chamando Jesus de Genésio e está sendo mais ignorado que panfleteiro de sinal… Você fez fiasco e será motivo de piada no facebook.