Só se aprende a beber de uma forma: bebendo. Isso nós sabemos e com vinho é a mesma coisa. A complexidade das uvas, produções, harmonizações, degustação, dentre outras coisas. Veja como começar.
Meu nome é Eduardo Starling, faço um monte de coisas fora meu trabalho como administrador (remo, batucada, mergulho, etc) e nas horas boas não dispenso uma boa cerveja ou um bom vinho. Aí vocês podem estar pensando, de onde tiraram esse cara pra falar de vinho por aqui e o que ele tem pra nos dizer? Justamente daí que começo a trocar ideia com vocês.
Vinho? O que é isso?
Créditos: Massimiliano Ranuio
Até uns 7 anos atrás tudo o que eu sabia de vinho era: “na Argentina o bom é o Malbec e no Chile o bom é o Carmenere”. Chegava na seção de vinhos de um supermercado e aquilo tudo era grego pra mim. Pensei muito em fazer um curso de sommelier, e existem ótimas opções por aí, dentre elas destaco o da Bergut e o da ABS (Associação Brasileira de Sommeliers). Mas graças a uma iniciativa da ABS que entrei de cabeça na enofilia.
Uvas, Vitivinicultura, dentre outras coisas
Créditos: John Dunnigan
Nos cursos da ABS, os alunos aprendem a origem da vitivinicultura, os principais tipos de uvas, as principais técnicas de produção e, é claro, provam vários vinhos. E ao final dos cursos (em especial o de harmonização), estimulam que as pessoas montem pequenos grupos de degustação que chamam comumente de ‘Confraria’.
Lógico que estimulam também cada confraria a contratar um sommelier da associação para conduzir o processo, mas nada impede que os grupos se formem por afinidade.
Montagem da Confraria
E foi nessa que eu entrei: um grande amigo (da empresa onde trabalho), já versado em vários cursos de degustação e harmonização, resolveu montar uma confraria com o pessoal do escritório que curtia vinho.
O grupo se encontra 1 vez por mês, e cada encontro tem algum tema a ser explorado: vinhos do cone sul, vinhos do velho mundo etc. No encontro, cada confrade leva um vinho diferente dentro do tema, abrem-se todos e há a troca de experiências. Se possível, cada um pesquisa as origens do vinho que levou, e divide com os demais confrades.
Créditos: Elena Kolesneva
Assim, todo mundo aprende um pouco. No processo, convidamos também algumas produtoras e distribuidoras nacionais (destaque para a Miolo), de onde tivemos ótimas palestras e algumas vantagens para aquisição de rótulos.
Finalizando
Lógico que fazer um curso de degustação / harmonização é uma ótima forma de aprender mais sobre os vinhos, mas eu ressalto que a melhor forma de aprender MESMO é bebendo. Aprende-se sobre vinho e expande suas amizades. Coisa que os bebedores de leite com certeza não fazem. 🙂