O patinho feio do Cone Sul

Pessoas visitando vinícola

Basta uma volta pelo setor de bebidas alcoólicas dos nossos principais mercados para perceber a grande gama de vinhos argentinos e chilenos à disposição dos brasileiros. Com tradição e qualidade comprovada, grandes rótulos chilenos e argentinos ajudaram a popularizar os vinhos por aqui e é um passo importante no caminho de praticamente todo enófilo tupiniquim antes de alçar vôos maiores rumo aos caldos do Velho Mundo. No entanto, nao é só de Malbecs de Mendoza e Carmeneres do Valle Central que se constitui o que há de melhor no Cone Sul.

Eventos acadêmicos atrás de vinhos uruguaios

Apresentação Juanicó

Fui pela primeira vez para o Uruguai há cerca de 5 anos por conta de um evento acadêmico de intercâmbio entre alunos de gestão. O evento incluía uma visita a uma das vinícolas mais tradicionais do país: Vinícola Juanicó, que nos apresentou seu processo produtivo e sua gestão voltada para a exportação (a grande tônica da economia uruguaia, aliás).

E os vinhos? Vamos falar deles? 🙂

Pulemos para a parte realmente pertinente: vinhos deliciosos, bastante tânicos e de forte presença. Em sua maioria, baseados na uva tannat, que foi a que melhor se adaptou ao terroir uruguaio (assim como a uva malbec à Mendoza).

Uvas vinícola

Destaque para o Prelúdio, vinho premium da vinícola, corte de diversas uvas mas com base no tannat, para o Familia Deicas 1er Cru Garage, vinho estupendo feito em parceria com a família Magrez, e para o Licor de Tannat, vinho licoroso feito a partir do tannat que se assemelha muito aos vinhos do Porto e é feito através do mesmo processo.

Finalizando

Se estiver de visita em Montevidéu (muita gente passa o dia por lá vindo de barco desde Buenos Aires), aproveite pra dar uma passada por lá:

Barris de vinho

Num próximo post, falarei sobre outras vinícolas uruguaias que conheci. Até mais 😉