Conheça o pessoal do Rio Grande do Sul, os monges que fazem cerveja, que são da cidade de Rio Pardo, especificamente. Saiba mais sobre o projeto trappista.
Todos sabem o que são monges, certo? E também sabem o que é cerveja, certo? Acredito que conheçam também as famosas cervejas Trappistas produzidas por monges belgas. Mas, sabiam aqui no Brasil também tem Monges que fazem cerveja?
No Brasil também tem monges que fazem cerveja
Exatamente meus caros, uns monges gaúchos lá de Rio Pardo (RS) acrescentaram uma atividade ao seu dia a dia além de orações. Produzir cerveja! Isso mesmo, os monges estão empenhados em planejar e produzir cerveja em uma panela de 50 litros.
O idealizador, Dom Roberto Maria Borges, superior do Mosteiro Cisterciense Nossa Senhora de Nazaré ja pensa em não se limitar à produção caseira, já estudam uma forma de comercializar a receita. A cerveja já tem nome, chama-se Rotunda. Diz o padre, significar: redonda, harmoniosa, elegante em latim.
O padre Bernardo Maria Goulart dos Santos, que é o responsável pelas produções, aprendeu a prática num curso com um cervejeiro caseiro em Bento Gonçalves (RS). O Dom Roberto, ajudava seu avô a produzir a bebida na infância, e diz ter se espantado com as mudanças no processo.
Segundo ele, houve resistência no início quanto a produção, mas notaram um enorme aumento na procura por cervejas artesanais no Rio Grande do Sul. Ele diz também, que todo mosteiro deve ser autossustentável, e eles buscam verbas para terminar a construção do mosteiro.
Infelizmente, de acordo com as normas do nosso querido governo, a cerveja dos monges gaúchos não pode ser comercializada, portanto, são doadas a quem ajuda na obra.
A cerveja, uma Ale de inspiração belga, apresenta coloração marrom-avermelhada com teor alcoólico próximo a 7%. De acordo com os monges, eles buscam um meio-termo entre as cervejas muito escuras e as claras, ja de costume dos consumidores.
E os monges que fazem cerveja podem beber?!
Eles disseram buscar informação sensorial provando junto com colegas as belgas Leffe e Affligem e também produções caseiras. A relação dos monges com a bebida está ligada às celebrações de Páscoa, Natal e à festa de São Bento. Eles dizem ter liberdade pra consumir cerveja nesses momentos, mas claro, junto às refeições. Mas disse também que é certo que tomem cerveja quando terminarem as obras do mosteiro!
Quem quiser conhecer um pouco mais do mosteiro, e quem sabe ir até lá ajudar a colocar alguns tijolos no lugar e partilhar esse líquido abençoado com os monges, é só visitar o site do projeto dos monges que fazem cerveja.
Fonte: Veja SP