Uma homenagem do PdB ao grande Beer Hunter, Michael Jackson. Não o rei do Pop e sim o rei da cerveja. Conheça mais sobre essa ilustre figura importante na evolução da cerveja.
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Alguns devem estar olhando e franzindo a testa, não entendendo nada com esse título, esperando algo como “O Rei do Pop”, como foi nosso nobre e querido Michael Jackson.
Mas não, eu não estou falando do “Rei do Pop”, que Deus o tenha, mas sim de outro Michael, e sim, ele tem o mesmo nome e sobrenome, mas era um grande mestre quando o assunto é cerveja e vou falar um pouco sobre ele.
Michael Jackson, brilhante crítico e escritor
Lembro quando tive o primeiro contato com o Michael Jackson, lendo o Guia Ilustrado Zahar de Cerveja. Falarei sobre esse livro em um outro post. Vi o nome e fiquei como vocês, achando meio engraçado o cara ter o mesmo nome e tratar de um assunto que eu amo. Inclusive o livro é uma grande enciclopédia da cerveja, próprio para aqueles que vão viajar e querem saber quais as principais e melhores cervejas daquele país/cidade.
Era bem crítico em relação a cerveja, mas ao contrário da grande maioria, ele procurava sempre o lado bom da cerveja, buscando o que ela tinha de melhor, para aí sim fazer sua crítica. E muitas vezes essas qualidades estão “escondidas” nas cervejas, uma arte.
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Ele citou uma vez a seguinte teoria:
Se julgarmos a cerveja exclusivamente pelos seus pontos fracos, defeitos, nunca vamos tomar uma “melhor cerveja” e sim a “menos pior”.
Brilhante ponto, isso me lembra meu nobre amigo LG, que está um pouco sumido, mas escreveu um brilhante post sobre cervejas, onde ele citou que devemos criticar a cerveja no que ela se propõe a ser, não adianta tentar comparar uma Skol com uma La Trappe, pois são mundos totalmente diferentes.
O grande “Beer Hunter”
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Assim que Michael gostava de ser chamado e acho digno de um dos caras que mostrou a cerveja artesanais, abriu os olhos de muita gente, deu coragem para aqueles que não tinham muita coragem pra criar sua própria cerveja.
Ele foi um dos grandes responsáveis pelo aumento progressivo do interesse de pequenas cervejarias e cultura cervejeira em todos os cantos do mundo.
O questionavam por ser um grande crítico, culto e conhecedor da gastronomia, por quê que ele “gastava seu tempo” com uma bebida tão “modesta” como a cerveja. Hoje provavelmente tomaria uma avalanche de críticas pela merda falada, mas na época isso era normal. Mas ele entendia das coisas e apostou bastante nisso e estamos vendo o resultado, milhares de cervejarias produzindo cervejas de altíssimo nível.
Aqui Jaz Michael Jackson 1959 – 2007
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Michael Faleceu em 2007, deixando um legado extraordinário e vários fãs e seguidores. Mesmo após a morte ainda lançam livros com suas críticas, sugestões e afins. Gostar de cerveja e não conhecer Michael Jackson é algo perto do pecado, principalmente se você for um adorador de cervejas artesanais. Portanto pessoas que bebem somente as Standard American Lagers nacionais “normais” como Skol, Brahma, Antartica, Itaipava e afins, não vão conhecer o Michael, mas deveriam.
Ao mestre, com carinho
Creio que o desejo dele, a mensagem que ele queria passar era que a cerveja tem suas inúmeras qualidades, assim como o vinho, podendo ser degustada e harmonizadas com alimentos de diversos tipos, serem preparadas com carinho, cuidado, tendo a complexidade de uma cerveja Ale ou uma suavidade de Pilsen da família Lager, assim como um aroma defumado de uma Rauchbier.
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Mas acima de tudo, ele não colocava o vinho contra a cerveja, só mostrava o lado bom de sua bebida, sua paixão, a cerveja.
Um brinde ao Michael, grande Mestre Cervejeiro.