O Papo de Bar foi convidado a ir na Fazenda Sagatiba para ver o mais novo lançamento da marca, que resolveu lançar uma nova Sagatiba, novos rótulos. Confira!
Olá meus nobres cacheiros. Aliás, cachaceitos não, nós somos consumidores 😛 Nessa segunda-feira eu e alguns camaradas, bartenders e jornalistas participamos de uma experiência fodástica do lançamento da nova Sagatiba.
Como assim, lançaram uma nova Sagatiba?
Foi meio que um mistério, não uma nova edição. Lembram das garrafas que postamos no Instagram, que eram duas Sagatibas sem rótulo? Eu já imaginava que seria isso, mas não falaram nada até a divulgação.
E como foi essa experência?
Espetacular, talvez a melhor que o PdB já participou em relações a projetos de cachaça. Fomos conhecer a fazenda que produz a Sagatiba.
Eles possuem duas fábricas, uma em Carmo do Rio Claro e em Sorocaba. Mas antes de falar dessa parte, vou contar o que rolou antes, teve de tudo, até ônibus quebrado. 😛
O grande encontro para a nova Sagatiba
Créditos: Rodrigo Zorzi
Claro, estou brincando com o termo “grande encontro”, mas foi bem sagaz. Paramos no Pari Bar para tomarmos um café e almoçar.
Uma galera bem boa estava por lá, reencontrei a galera do Etílicos, Manual do Homem Moderno, o Bruno Acioly, vários bartenders e especialistas em cachaça.
Inclusive tinha o cara que nos guiava que era uma comédia, imitava o ator Paulo Gustavo como ninguém e brincava bastante.
Viagem até Carmo do Rio Claro
Era uma longa viagem até a cidade, seis horas dentro do ônibus. Mas o lançamento da nova Sagatiba não esperava por um perrengue.
Sim, sempre tem algum perrengue, se não não é normal, isso que dá um ar legal nas experências. O ônibus quebrou no meio da estrada.
Consertamos e continuamos. E adivinha? Não foi consertado não, só uma gabiarra. Esperamos o outro ônibus chegar, bebemos cachaça, papeamos, nego colocou todo tipo de música no ônibus, que inclusive não me gradava muito e nem a dupla Tadeu, do Canal Rango, e Filipe, do Micro Sobrevivência.
Só ficou legal quando botaram um forró, mas claro, não dá pra dançar dentro de um ônibus. 😛
E finalmente chegamos…
Quase isso. O motorista se perdeu um bocado, já era de noite e realmente a cidade ficou meio filme de suspense. Fora que o hotel era num lugar alto, portanto, dava aquela sensação de “fudeu, esse ônibus vai cair daqui”.
Quando chegamos deu pra perceber que a parada ficaria mais fodástica. O mestre Zulu, considerado o melhor bartender do Brasil, já estava lá nos esperando.
Fora que reencontrei com o mestre Felipe Januzzi, criador do Mapa da Cachaça junto com a Gabriela Barreto.
Começaria a sequência de drinks, a noite seria longa. Teve um jantar bem sagaz, sobremesa. Mas depois muito já partiram pra cama, pois no dia seguinte tínhamos que estar de pé para a experiência da nova Sagatiba.
E quem disse que fomos dormir?
Eis que o meu xará Acioly me chamou, estava a galera capeta, Papo de Bar, Etílicos e Manual do Homem Moderno, fora o Bruno e a Daphne, que foi zoada pela sua pouca idade 😛
Brincamos de Eu Nunca, jogo etílico clássico. Geral virando cachaça pra cacete, só perguntas ~tensas~.
Fomos dormir mais bêbados, nos preparando para o dia seguinte…
Visitação à Fazenda Sagatiba
Depois do café da manhã nós partimos para a fazenda. Pegamos o ônibus, de novo, e fomos pra lá. Andar de ônibus foi o que eu mais fiz nessas viagens. Depois de beber cachaça, claro.
Chegamos lá de galocha, já pensei “irado, vamos cortar cana”. Ouvimos dados interessante que o Felipe, do Mapa da Cachaça, passou pra nós.
Depois o Gustavo Nahor, criador da Sagatiba, que falou um bocado. Falou dados importantes sobre a produção da marca.
Na fazenda Sagatiba só é produzida a Sagatiba Envelhecida, a Cristalina é produzida em Sorocaba.
E sobre a nova Sagatiba?
Finalmente fomos apresentados. Novo rótulo e novo posicionamento. A antiga Sagatiba Pura agora é a Sagatiba Cristalina.
E faz sentido, pois o foco deles é a mixologia, e o nome pura remete a beber a cachaça pura, coisa que é melhor para a sua irmã.
A Sagatiba Velha agora é a Sagatiba Envelhecida. Que também faz todo sentido, já que é um nome mais interessante e chamativo.
“O brasileiro tem tudo a ver com Sagatiba. Ele está sempre se reinventando, buscando diferentes caminhos e trazendo algo novo. Esse é o nosso espírito”
Explica Marina Santos, diretora de Marketing do Gruppo Campari Brasil.
Os rótulos foram modificados delicadamente. Acho sensacional o colorido no outro lado da garrafa, um belo diferencial.
A Sagatiba Preciosa
Fomos apresentados também à Sagatiba Preciosa. Ainda não tinha experimentado e não sabia da sua história.
O mais incrível é que foi achada sem querer em uma fazenda no “Engenho Central“, uma das usinas mais antigas do Brasil, fundada em 1902 na região de Ribeirão Preto. Todos os testes químicos foram feitos e aprovados pelo MAPA.
Gustavo contou que diversas buscas foram feitas, às vezes excelentes cachaças, porém, que quimicamente não eram aprovadas, portanto, não poderiam ser vendidas.
E é uma remessa única, não será feita novamente. Só existem 3.000 garrafas da Preciosa. O sagaz é que alguns documentos estavam juntos com os barris, falando a data, etc. Foi envelhecida por 23 anos, isso mesmo, VINTE E TRÊS ANOS em barril de carvalho.
Pouca litragem, uma edição deveras limitada e com uma ótima qualidade. Fora a garrafa que é espetacular que foi produzida na Saverglass de Paris, uma das mais renomadas empresas de vidro do mundo.
Partiu cortar cana
E minhas previsões foram confirmadas. Botamos a galocha e toda a vestimenta necessária pra cortar cana.
A galera explicou bem a diferença, a parte que não se usa da cana, a diferença daquela utilizada, que era mais complexa, mais difícil trabalhar, porém, a qualidade é superior.
Créditos: Rodrigo Zorzi
Gustavo frisou bastante nesse ponto, que muito da produção da Sagatiba Envelhecida é retirada caso tenha algum mínimo de imperfeição, para se ter um melhor resultado.
E lá fui eu cortar cana, dá pra ver pela foto que eu não levo lá muito jeito uhauahuauhhuau
Passeio na produção da nova Sagatiba
Depois nós andamos por dentro dos locais onde os processos de produção da Sagatiba Envelhecida rola. Gustavo foi explicando tudo direitinho. Ainda não tinha participado, entrado em uma, só de cerveja. Achei genial.
Desde a moagem da cana, fermentação, depois destilação, separação, dentre outras coisas. É um processo bem artesanal, apesar das máquinas, diferente da produção da Sagatiba Cristalina, que a quantidade é maior e o tempo menor, portanto, muita tecnologia é utilizada.
E cá entre nós, prefiro mais as cachaças envelhecidas, pois prefiro beber a pinga pura mesmo 😛
A cereja do bolo no lançamento da nova Sagatiba
Quando pensamos que já tinha acabado, não, faltava coisa ainda. Teve um almoço bom pra cacete, muito aprovado por todos. Afinal, teríamos uma longa viagem de volta.
Depois eles abriram três garrafas da Sagatiba Preciosa. Forte, possui 42% de teor alcoólico, você já sente a porrada, porém, o aroma e o sabor são sagazes e ela desce muito bem. Mas tem que beber com cuidado.
Depois nós voltamos aonde os barris ficam armazenados. E para nossa surpresa, tinham dois barris grandes com cachaça dentro, um de carvalho e outro de bálsamo.
Nós pegamos nossos barris de 2,5 litros e começamos a fazer experimentos. Enchi o meu com 20% de carvalho e 80% com bálsamo.
E ainda poderíamos colocar os insumos, como pimenta rosa, canela, dentre outros. Eu, fã de pimenta, mandei brasa na pimenta rosa.
Em breve eu beberei pra saber como ficará. Eles disseram pra não deixar muito tempo armazenado, pois a madeira reage contra.
Eu posto por aqui e nas redes do PdB quando experimentar 😉
Finalizando
Fica aqui meu parabéns para a Sagatiba e ao Grupo Campari, que mostra que nem sempre é ruim um gigante comprar uma marca. A qualidade pode se manter, a experiência melhorar, etc.
A experiência foi muito foda, conheci gente mais foda ainda. A Isa, uma especialista em cachaça me deu uma pequena aula na hora de eu colocar minha cachaça no barril. O Zulu é um cara foda e humilde que está com vários planos que certamente darão certo. Vocês ainda ouvirão falar muito dele.
Aquele abraço e até a próxima.