Juliana Problema, uma pequena novela de um namoro iniciado sem querer, por dois bêbados, é lógico, que iniciou numa balada e teve continuidade num motel. Confira a saga!
Meu namoro com Juliana durou 6 meses e, apesar de tudo – “apesar de tudo” mesmo -, até que o relacionamento era mais ou menos. As brigas sempre nos afastavam e, com isso, vinham as infidelidades – que me ajudavam a não deixar a chama do amor se apagar. Por outro lado, os meus sogros e os dela, diziam que, para o bem da minha namorada, o melhor seria ela voltar a ser solteira. Pensando bem, o namoro nem era tão bom assim.
Chegando duro, mostrando pra que veio…
Juliana sempre foi uma daquelas “gostosinhas”. Baixinha, cabelo comprido, loirinha e com corpinho de dançarina do “É o Tchan”, ela era do tipo que qualquer homem faria qualquer coisa para ter qualquer chance com ela. Eu resolvi jogar duro, e entrei pesado nessa história.
Comecei a namorar Juliana no dia em que a conheci. Aquela menininha, linda, no auge dos seus dezenove aninhos, passara a noite inteira dispensando pretendentes e urubus que tentavam a sorte naquela boate. Por conta disso, minha primeira medida para criar coragem e “atacar” a presa foi virar três doses da melhor tequila da casa.
Grande tequila, grande loirinha
Créditos: Mike Quest
Assim que me aproximei daquela loirinha, pensei em acender um cigarro. Quando viu a chama do meu isqueiro Zippo, Juliana ameaçou minhas chances com uma cara de nojo. Imediatamente desisti da idéia e abordei a menina:
- – Quer saber?! Vou parar de fumar agora!
- – Faz bem! – respondeu Juliana
- – Você nem imagina como faz bem!
- – Imagino sim, sou estudante de Educação Física.
- – Eu sou médico, oncologista, cuido de crianças… – meu lado advogado e loroteiro nunca pensou direito
- – Que lindo!! – gritou Juliana
Passamos a noite conversando. Sempre que ela buscava entrar em qualquer assunto que envolvesse meu trabalho de mentira, dizia que falar sobre o trabalho era meio triste, “porque você sabe, né? Criança doente dá um aperto no coração!”
Nunca fiz isso antes…
Juliana se encantou e me deixou pagar uns drinques. Não sei explicar com exatidão o que aconteceu, mas eu parei num quarto de motel com a loirinha.
- – Olha, eu sou nova nisso tudo. Você vai ser meu primeiro homem. – a ordinária achava que eu acreditava nessa conversa
- – Juju, – eu já tinha intimidade – qualquer mulher que me faça parar de fumar é uma rainha em minha vida.
Créditos: JeCarolzinha
Aparentemente, o álcool estava funcionando de maneira mais forte no cérebro de Juliana do que no meu. Não só a pequena rapariga acreditou na minha conversa fiada, como dormiu comigo, abraçadinha. Dentro de mim, existia apenas um pensamento: “Caralho, quando eu contar pros meus amigos…”
Sempre tem um dia seguinte
No dia seguinte, Juliana acordou com uma energia imensa. Antes mesmo de permitir que eu abrisse os olhos, a pequena rapariga fez uso do caríssimo serviço de quarto e, por uma bagatela de oitenta reais, adquiriu o café-da-manhã por: um quarto de mamão papaia, dois sucos de laranja em pó, meia margarina do pessoal da limpeza e 3 torradas velhas.
- – Veja, amor! Para comemorar nossa primeira noite de namoro. Paga hoje que depois eu acerto com você. – dizia Juliana enquanto me dava um beijo na bochecha.
- – Namoro?
- – Não lembra ontem de noite, amor?
- – Lembro, mas você poderia recapitular pra mim a parte que eu perdi.
Juliana, achando que eu estava brincando, riu do que eu disse. Mais sorridente era o menino do serviço de quarto, que não só ria de mim pelado, como da conta que mais tarde eu pagaria.
Terminado o “majestoso” café-da-manhã, Juliana me solta a maior das pérolas:
- – Meu pai já mandou seu motorista e o segurança vir nos buscar, ele disse que quer muito lhe conhecer.
Nessa hora, apesar de todo o calor da cama, senti um frio subir a espinha e encolher toda a minha hombridade.
To be continued…