Carnaval não é só folia. A campanha carnaval da lata foi criada por músicos, foliões, organizadores de blocos e ambulantes para conscientizar o público sobre as vantagens de se beber em latas de alumínio e as desvantagens e riscos de se beber em garrafas long neck.
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Interessante, fale mais sobre o carnaval da lata
Bom, vocês sabem que sou um eterno fã do carnaval. Sou músico há quase seis anos e já participei de seis desfiles da Orquestra Voadora, por exemplo.
Além disso, óbvio, sou mais fã ainda de cerveja. O problema é que muitas pessoas gostam de beber em cerveja de garrafa, acham melhor, mais estilo, dizem que o gosto é diferente, etc.
O único ponto sobre essa parte é que, na parte higiênica, a longneck em si seria melhor, porém, não é muito o caso, como vou explicar mais abaixo.
O Brasil recicla lata pra cacete
O Brasil é número 1 no mundo na reciclagem de latas de alumínio, com 295 mil toneladas/ano, que correspondem a mais de 98% de toda a matéria prima utilizada.
Isso é surreal, só com essa informação já me faz pensar em só beber cerveja em lata. Em comparação, menos de 45% do vidro produzido é reciclado. As garrafas long neck, por não terem logística de retorno, praticamente não são recicladas e não fazem parte deste montante.
Essa é uma das partes ruins da longneck. Não se recicla muito dela, logística bosta, portanto, vamos de carnaval da lata mesmo.
Mas não é só isso…
Garrafas podem virar uma arma criminosa, podem virar um pesadelo para alguém que esteja aproveitando o carnaval, pois uma garrafa caindo no chão pode cortar muitos pés.
Além, claro, de virar uma arma na mão de irresponsáveis bêbados, querendo dar garrafada na cabeça dos outros, ou pior, quebrar a garrafa e rasgar alguém.
E o pior, que nem sempre as pessoas ligam, pode cortar a galera tão importante quanto os foliões e músicos, a galera que recolhe as toneladas de lixo da rua.
Garrafas viram armas…
Falei brevemente, mas temos que reforçar, tem pessoas maldosas que abrem longnecks e colocam drogas. Com isso, as pessoas ficam intoxicadas, desnorteadas e são furtadas, até sofrerem outras violências graves.
Lema do carnaval da lata
O lema da campanha #carnavaldalata, “Diga não à garrafa, beba na lata” visa despertar a consciência de todos os atores do Carnaval para estas questões, incentivando o uso da lata de alumínio.
Sua coleta, feita majoritariamente por catadores, permite ao Brasil ser líder mundial na reciclagem de alumínio. O incentivo à coleta, aos catadores e às cooperativas é também um papel importante da campanha.
E como você percebeu esse movimento do carnaval da lata?
Aqui no Rio a adesão foi excelente nos blocos que eu participei. Até nos que eu fui de folião.
Mas ainda tinha uma galera que insistia em querer longneck, mas confesso que foi bem pouco. Eu recusei comprar diversas vezes de ambulantes que só tinha longneck.
Os próprios ambulantes colaboraram bastante nisso, levando na sua grande maioria lata.
Mas claro, isso aqui no Rio. Não senti o carnaval da lata tão forte em São Paulo. No desfile da Orquestra Voadora, no domingo pós carnaval, estava tudo ok dentro, mas fora ainda tinham ambulantes vendendo garrafas.
No final de semana seguinte fui acompanhar outros blocos e amigos como folião e vi os ambulantes vendendo mais garrafas.
Claro que isso varia muito. Por exemplo, a Skol em SP só tem lata, porém, a Heineken é muito forte com sua longneck verde.
Era muito mais fácil arrumar uma longneck verde do que a latinha verde. O mesmo vale para a Stella, mas que vem crecendo com sua latinha “cracudinha”, de 269ml.
Finalizando
Esse artigo era pra ter sido escrito antes do carnaval, pra estimular a todos esse consumo. Mas serve como aprendizado e mostrar o resultado deveras positivo com essa campanha maravilhosa.
Vamos fazer com que no ano que vem o carnaval da lata venha com mais força ainda.
E o melhor, vamos consumir menos garradas e mais latas, onde quer que seja. Mas claro, no boteco não vale tanto, pois as garrafas de 600ml/550ml são retornáveis, portanto, um ótimo negócio.
Mas caso vá para um posto de gasolina, na praia ou algum ponto turístico, cobre por uma latinha 😉
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