Quarto capítulo da novela etílica A Triste História do Homem Bem Dotado. Armando vai pra mansão da loira maravilhosa, enche a cara de vodka e é arrastado pra sauna. Já era virgindade...
A loira que queria me conhecer se chamava Camila. Marcamos uma reunião na casa dela, eu, meus dois amigos, ela e suas duas amigas.
Encontrei Timão e Pumba em Botafogo e de lá pegamos um ônibus até a Barra da Tijuca. Por conta do trânsito, foram três horas de viagem. Eu suei tanto, que parei num shopping para comprar uma camisa nova e um desodorante.
Capítulo 4 – A Primeira Vez de Um Homem
Créditos: Lindas Mulheres
Assim que Camila abriu a porta, quase desmaiei. Vestidinho preto, salto alto, cabelo solto e a pele bronzeada. Ela tinha tudo o que uma dançarina do Faustão precisa.
– Cheiro de homem… Adoro! – ela disse logo após me dar dois beijinhos. Como não tinha dinheiro, eu comprara o desodorante mais barato da farmácia.
Fomos para a sala e lá estavam as outras duas amigas dela. Sentamos em casais. Elas abriram uma garrafa de vodka de marca boa, ofereceram frutas, amendoim, ovo de codorna e energético.
Patricinhas…
Créditos: Josh Moore
A casa era gigante. Seu pai era desembargador do Tribunal de Justiça. Ela disse que ia fazer concurso para ser juíza e que teria a ajuda do pai. As amigas eram interesseiras, mas iam fazer concurso para o Ministério Público. Também com a ajuda do coroa de Camila.
Camila era o tipo de patricinha que não precisava ralar na vida. Nenhuma educação, pouco conhecimento e sempre com papos supérfluos. Carro importado, viagens para Buenos Aires e Europa. Compras em Nova York. Gostava de sertanejo, axé e samba paulista. Tudo no melhor estilo banal, bonita e burra. Para supervalorizar sua beleza, cai dentro da vodka.
Eu bebi. Bebi bem. Elas também.
Camila colocou um funk carioca. Elas iam até o chão. Timão e Pumba tentavam acompanhar, mas a nossa veia nerd, de jogadores de Counter Strike, só nos davam molejo no mouse, não na cintura.
Pelo braço, Camila me levou para a varanda. A vista era para a praia. Imaginei que seria romântico.
Estava enganado.
- – Eu sei da sua história. Por isso te procurei. – Camila estava dando o xeque-mate.
Partiu abate…
Créditos: Jacopo Guenzi
Meu coração batia em ritmo de festa. Festa duro.
- – Vamos deixar eles pra lá. Quer fazer uma sauna? Hidromassagem?
- – Eu to sem sunga – respondi inocentemente
- – Eu to sem biquíni.
Eu fiquei tonto. Olhei para a sala e vi as amigas de Camila agarrando-se enquanto Timão e Pumba assistiam sentados no sofá. Coisa que só a vodka faz.
Camila ligou a hidro, serviu-me um copo de vodka com energético. Assim que a as bolhas começaram, ela não perdeu o tempo e desatou o único nó que segurava o vestido. Eu, de nervoso, meti a mão num pacote de amendoim e virei tudo de uma vez.
Não peida não hein…
Não vou entrar em detalhes, mas posso reproduzir uma das coisas que Camila me perguntou:
- – Você peidou?
É… eu estava muito nervoso.