História da Ketel One, uma vodka holandesa que está entrando no Brasil abusando da sua principal característica, o artesanato. João Jardim e alguns convidados participaram do lançamento da vodka.
O assunto vodka é um pouco peculiar pra mim. Sou cervejeiro nato e quem me conhece sabe disso. Não sou muito fã de destilados, a não ser alguns específicos, como Jack Daniel’s, Blue Label, dentre alguns outros. Drinks são doces, sou diabético, portanto, não posso abusar e principalmente, enjoam rápido, não curto muito, tirando algumas exceções, lógico.
E eu já estava pra criar esse texto há muito tempo, mas só consegui agora e achei perfeito, pois foi no final da última etapa do lançamento nacional da vodka.
Por que uma vodka de respeito?
Não sei se vocês já ouviram falar da vodka Ketel One. Vem da Holanda e toda sua produção é algo fodástico. Curti muito conhece-la, mas vou aprofundar um pouco mais sobre ela, tanto na forma como ela entrou no Brasil, quanto como ela divulgou isso nos eventos criados e a forma como tudo foi feito.
Processo artesanal de produção
A vodka nasceu na Holanda em uma cidade chamada Schiedam, conhecida como a capital dos destilados, só aí já enxergamos um potencial fodástico pra uma vodka. E o interessante é ela estar na sua décima geração, sendo o primeiro caboclo a meter a mão na massa, digo, vodka, foi o nobre Carl Nolet, que fez questão totalmente que a vodka fosse feita com elementos artesanais, como o uso de alambiques de cobre, com produção em pequenos lotes.
Mas o fato que mais me chamou a atenção foi saber que o sabor da vodka precisa ser aprovado pessoalmente por um membro da família Nolet. Sagaz pacaralho.
O fato artesanal, paixão acima de tudo
Isso é fato, não tem como duvidar: tudo que é feito com a paixão de um apaixonado, sai com muito mais qualidade. Hoje o mercado de bebidas está ficando muito capitalista. Ok, o mundo inteiro está assim, fazer o quê né. E é nessas horas que olhamos com mais peculiaridade (puta que pariu, esculachei com essa palavra), com mais admiração, pois você vê, percebe um cuidado num produto artesanal.
E isso não é coisa fácil de achar no mercado de hoje, temos muitas bebidas produzidas em larga escala, ligando o botão “foda-se” pra qualidade, eu quero é dinheiro e “foda-se”.
Nisso que achei que ela se destacou. Tem uma parte que eles falam, que por trás de tudo que a Ketel One faz, existe um pensamento:
Coisas feitas com o cuidado de um artesão são mais interessantes. A Ketel One valoriza as pessoas que também pensam assim. São pessoas que enxergam valor no que é profundamente pensado para ser único.
Pensando nisso eles fizeram um trabalho cuidadoso de lançamento de sua marca e vodka no Brasil…
A cartada inicial: Invitation e Meeting
Seleção de 14 homens que façam a diferença, onde que quer que seja, fazendo uma pesquisa sobre quais pessoas poderiam fazer parte deste núcleo de lançamento. Pessoas que tenham produzido algo fodástico, seja um vídeo, textos, desenhos, fotos.
No Meeting todos se conheceram, conhecemos a vodka, ficamos sabendo da sua história e suas ambições de entrada no mercado. Todos muitos simpáticos e gente boas, cada um no seu estilo. E no Meeting nós recebemos uma caixa fodástica com o trabalho que cada um enviou pra equipe organizadora da Ketel One, como eu disse, texto, fotos, desenhos, músicas, vídeos, entre outros.
E o melhor de todos, uma Vodka Ketel One com o nome grifado na garrafa. Porra, uma honra, achei ducaralho.
A montagem dos trabalhos com artesãos: Os Mini docs
No Meeting nós sugerimos, decidimos os 4 artesãos que fariam parte da campanha de lançamento da vodka. Fazia todo sentido naquela hora: uma vodka que se preocupa com a produção artesanal, logicamente que buscaria artesãos fodásticos para representa-los.
E um grande nome para escolher e fazer os trabalhos com esses artesãos: João Jardim, grande cineasta, experiente e bem conceituado na parte artística.
O final da produção: O Celebration
Meses de produção, trabalho, logicamente que teria que ser recheado de trabalhos, mulheres bonitas e muito mais. E lógico, numa festa fodástica, num lugar fodarástico no Rio de Janeiro e em São Paulo, regado a vodka, petiscos. Mas não somente isso, tinha música, cerveja, dentre outros apetrechos saborosos.
Amostra dos trabalhos feitos pelos artesãos
Ficou numa micro exposição, dentro do Espaço Franklin, no Centro do Rio, num espaço fodástico, os trabalhos dos artesãos. Telas mostrando cada trabalho, com áudio, textos, fotos, decoração muito foda que ficou nessa exposição dos trabalhos.
Amostra dos trabalhos dos picaretas, nós 😀
No espaço também tinham os documentários e trabalhos dos craftsmen do projeto: nós 🙂 Como eu disse, textos, artes, dentre outros grandes trabalhos. O trabalho que enviei foi um texto que muitos curtiram com o título “Vida Digital, Alma Analógica”, que fala um pouco desse paralelo de vivermos num mundo com redes sociais, informática e telefones, com a nossa vida real, que deve ser vivida.
Brindes da vodka
E ainda, de brinde, eles deram uns luxos para aproveitarmos. Além da vodka com o nosso nome, tivemos direito a ir em dois bares que possuiam a vodka Ketel One e consumir por conta deles, além de montar uma festa para 30 pessoas, com os drinks por conta do Barman deles. Fora presentear amigos com algumas garrafas de vodka 🙂
Realmente eles souberam aproveitar a oportunidade e fazer um puta trabalho de inserção no mercado nacional.
Conte mais sobre a vodka meu nobre
Claro, era o que eu iria falar neste momento. Nos encontros rolaram uns testes cegos, com vodkas boas. No Celebration rolou com três: Ketel One, Grey Goose e Absolut. E adivinhem? Você, fã da Absolut, ela foi considerada a pior por praticamente todos os que fizeram o teste, quiçá todos deram a mesma opinião.
Na minha opinião ela entra num patamar alto, com um valor aproximado de uma Absolut, mas com um sabor muito, mas muito superior. É o que eu digo, a Skol está longe de ser uma cerveja boa, porém, possui um departamento de marketing foda, que faz propagandas fodas. A Absolut é a mesma coisa, não é uma vodka foda, mas as pessoas a tornaram assim, por causa do que? Seu departamento de Marketing, sua garrafa, a internet com vários designers criando diversas versões estilizadas da garrafa.
Detalhes e mais detalhes
Acostumados com essas vodkas vagabundas, nunca imaginei que uma Vodka pudesse descer tão suave, ser tão boa. Nesses últimos meses eu pude provar a Belvedere, Grey Goose e a Ketel One e achei a Ketel One top, muito boa pra degustação, assim como achei a Grey Goose, cada uma com sua peculiaridade (to sinsitro, usei de novo a palavra).
A garrafa não é como a da Absolut, mas dá pra perceber uma jogada mais conservadora e tradicional, segue uma linha comprida e com alguns detalhes transparentes na própria garrafa. Rótulo simples e com uma figura que representa bem o artesanato etílico dela.
Finalizando
Não é só por fazer parte do projeto que eu vou achar a vodka foda ou o projeto fodástico, mas realmente os caras mandaram muito bem, tanto na organização, com os selecionados, com os trabalhos escolhidos, com o nobre João Jardim, com os brindes e investirem bem nesse tema de artesanato.
E falando nisso, confira todos os 4 trabalhos produzidos nesse projeto:
Primeiro Mini Doc: Arthur Joly
O Arthur produz sintetizadores artesanalmente. Achei fodástico isso, nunca imaginei alguém produzindo sintetizadores de forma artesanal, com a cara do cliente, por encomenda.
Segundo Mini Doc: William Takahashi
Um dos mais fodas, único brasileiro dentre sete pessoas no mundo que fabrica cravos, um instrumento medieval criado entre o século 13 e 14, considerado o “pai do piano”. A produção é toda feita de maneira artesanal e só são feitas peças sob encomenda.
Terceiro Mini Doc: Henrique Oliveira
Um brasileiro que enxerga a beleza em materiais descartados e consegue transformar tapumes em grandiosas obras de arte.
Quarto Mini Doc: Ricardo Martins
Nobre Ricardo produz pranchas de surf de forma fodástica, abusando do artesanato e nos detalhes.
Confira também neste link os trabalhos feitos e sobre a Ketel One. E então, o que acharam?