A moda agora é a onda do sertanejo universitário, todo lugar tem. E misturando com mulheres lindas, cachaça e finalizar com um podrão, nada melhor que isso. Confira!
Fala, Sedento!
Estava conversando com um amigo do Rio de Janeiro um dia desses e ele comentou que por lá, a onda de “dia-da-semana-neja” (terça-neja, quarta-neja e afins), onde casas noturnas abrem espaço para o pessoal que curte um sertanejo universitário, está começando a ganhar muita força. Aqui nas terras capixabas, essa moda pegou já faz um bom tempo e as baladas (por aqui chamadas de rock, mesmo que toque sertanejo), se multiplicam cada vez mais.
Dia da Terçaneja
Créditos: Billy e Junny
Toda terça-feira, tem uma boate famosa em Vitória onde rola um sertanejo e por mais que eu pense que esse ritmo combina muito com cachaça, esta não era encontrada por lá. Até a semana passada, quando uma determinada marca de cachaça resolveu entrar nesse nicho e passou a vender combos com uma garrafa e latas de água tônica sabor frutas cítricas.
Corta para a pré-night, como diriam meus amigos cariocas.
Estava em casa, bebendo um aperitivo; uma Cachaça Da Tulha Mel, deliciosa, que desce muito bem e foi um presente muito bem recebido. De repente, toca o telefone
- – Oi! José?
- – Depende de quem é você.
- – É a Clara*, lembra? Nós trocamos telefones na boate, quinta, e eu estou ligando pra saber o que você vai fazer hoje.
- – Aaaah, claaaro! Clara! Claro, Clara (ganhando tempo e olhando o Facebook dela)! Lógico que me lembro! O que eu vou fazer hoje? Você ainda não me sugeriu nada (risos).
- Então, queria saber se você quer ir na terça-neja comigo hoje. Até coloquei seu nome na lista.
- – (vi o Facebook dela e aí…)Nossa! Que maravilha! Está marcado.
- – A que horas passo pra te pegar?
- – 22h30 tá bom pra você?
- – Estarei lá.
#EPICWIN
Volta para a terça-neja:
Créditos: copo de cachaça
Cheguei lá com a garota e logo na entrada uma promotora me ofereceu a opção nova do cardápio e me deu um copo de cachaça com água tônica. A Clara pegou um também. Tomamos e aquela reação legal de um olhar para a cara do outro com aquela expressão de “adorei” aconteceu. A cachaça não era das melhores (eu pedi um pouco dela pura para provar).
De uma marca que começa a aparecer no mercado das cachaças industrializadas, não tem todo aquele cuidado na fabricação, o gosto da cana tem um quê de artificial e o retrogosto tinha um pouco de metálico. Mas na mistura com a água tônica, o gás, o gelo e o toque de frutas cítricas, o resultado ficou muito bom.
Tudo para uma noite maravilhosa
Créditos: PEDRO HENRIQUE & FABIANO
Na hora eu já pensei que seria uma noite ótima: eu com uma mulher linda, de olhos verdes, cabelão, corpaço e que ainda gostava de cachaça. Era bom demais. Pedi um combo. Começamos a beber e eu, mesmo com meus dois pés esquerdos, dancei como se não houvesse amanhã. A noite foi se desenrolando, a cachaça acabando e os ânimos melhorando.
Lá pelas quatro da manhã, percebemos que se ficássemos mais um pouco, sairíamos junto com o lixo e decidimos ir embora. Como eu havia bebido, deixei o carro no estacionamento da boate e chamei um táxi. No caminho, ela me surpreendeu positivamente mais uma vez e pediu para dar uma passada num podrão (para quem não sabe, podrão é o apelido carinhoso para aquele sanduíche depois da noitada).
Créditos: Eduardo Wöetter
Chegando lá, pedimos nossos lanches e ela, uma coisinha linda, me ofereceu: Catchup? Eu, todo escroto, dei aquela pedreirada marota: Muito! Ela deu risada, fingiu que nem entendeu, abriu o sachê, me deu e continuamos comendo. Quando acabamos, ela viu que só havia usado um sachê e disse: Ah, eu estava toda empolgada e você nem queria tanto assim! Rimos muito e pegamos mais um táxi para terminar essa brincadeira em outro lugar.
Lembre-se de nunca dirigir depois de beber e até a próxima!
Abraço!