Cachaça, pinga ou aguardente? Afinal, qual é o termo certo para ser usado na mesa de bar? Explicações sobre todos eles, dúvidas, entre outras curiosidades sobre a nossa famosa marvada.
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Daí que na sexta-feira retrasada, dia 21 de maio, foi o grande Dia Nacional da Cachaça. Acabamos passando em branco na data, até porque o Dono do Bar fez uma homenagem pro dia da cachaça no ano passado, mas estamos aqui pra dar nossa moral pra marvada.
Apesar de poderem se referir à mesma bebida, as 3 palavras não são sinônimas.
Afinal, o que é o quê?
Aguardente é o nome de qualquer bebida obtida a partir da fermentação de vegetais doces. Já a cachaça, é o nome da aguardente de cana-de-açúcar. Segundo Maria das Graças Cardoso, professora do único curso de pós-graduação em tecnologia da cachaça no país, o nome foi criado no Brasil, no século XVI (ou 16 pra quem não sabe algarismos romanos), época dos grandes engenhos.
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Para o Ministério da Agricultura, a denominação é típica e exclusiva da aguardente de cana-de-açúcar, produzida aqui com graduação alcoólica que varia entre 38% a 48%, a 20ºC.
Lei é lei
Pela lei brasileira, há até diferenças entre cachaça e aguardente de cana, que pode ter entre 38% e 54% de graduação alcoólica. Assim, toda cachaça é uma aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça.
Mas e a pinga, a marvada?
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Já a nomenclatura pinga é o nome vulgar da cachaça, assim como a grande marvada. Apesar de ninguém ter certeza da sua origem, a história mais aceita diz que a bebida ganhou o apelido dos escravos encarregados de um dos processos finais da produção, a destilação.
Quando ferviam o caldo da cana-de-açúcar nos engenhos, o vapor condensava no teto e pingava sobre eles. Pinganimim pinga…
Fonte: Revista Superinteressante