Conheça a Weltenburger, uma cerveja interessante e que foi comprada pelo Grupo Petrópolis. Confira seu portólio cervejeiro no Brasil!
Olha, eu sou um apaixonado por cerveja, tanto que fico meio tímido de escrever sobre elas, já que não sou daqueles exímios conhecedores técnicos cheios de termos rebuscados. Por isso, vou adiantando que não sou um mestre no assunto, mas me viro no ramo. Hoje vamos bater um papo sobre a Weltenburger Kloster, a cervejaria monástica mais antiga do mundo.
Eu estava organizando um happy hour em casa junto com um brother, quando fomos surpreendidos num mercado com a promoção da premiadíssima Weltenburger Kloster Barock Dunkel (tricampeã na Wolrd Beer Cup).
Confesso que até aquele momento eu ainda não tinha provado produtos da marca, porém, além de chamar atenção nas especificações do rótulo, o preço da garrafa de 500ml (R$4,50) não nos deixou outra escolha.
Fomos fazer nossos bolinhos de boteco e botamos pra gelar esperando a galera. Depois do primeiro copo minha vida mudou e mesmo fora da promoção hoje em dia o gerente me avisa quando a cerveja está no estoque.
Tá, mas que diabos de cerveja é essa, alguns pode estar se perguntando… Trata-se do que a há de melhor na linha de produtos do grupo Petrópolis.
GRUPO PETRÓPOLIS???
Yes, meus caros. Mas uma coisa de cada vez, calma. A cervejaria Weltenburger, nasceu em 1050 dentro de um monastério nas margens do rio Danúbio na Bavária, Alemanha. Trata-se do mais antigo monastério produtor de cerveja do mundo.
E quais os rótulos da Weltenburger
E acreditem, com funcionamento a todo vapor, as receitas permanecem as mesmas há séculos, o que me deixou bastante impressionado. Entre claras, escuras, de trigo, dentre outros tipos, são ao todo 10 rótulos fabricados por lá.
São elas:
- Asam Bock
- Anno 1050
- Barock Hell
- Barock Dunkel
- Urtyp Hell
- Pils
- Weissbier Hell
- Weissbier Dunkel
- Weissbier Alkoholfrei (3 de trigo)
- Winter-Traum (edição especial)
A empresa é superexigente com suas parcerias no mundo todo, mesmo porque suas receitas tem quase mil anos e eles mantém a integridade apesar das modernidades dos processos de produção. O que talvez vocês não saibam é que a Weltenburg confiou seus papiros quase milenares ao grupo Petrópolis aqui no Brasil, isso foi em 2010. Desde então 4 dessas maravilhas são produzidas aqui mesmo, no Rio de Janeiro, duas claras Urtyp Hell e Anno 1050, e duas escuras Barock Dunkel e Hefe-Weissbier Dunkel.
Como não sou nenhum renomado cervejeiro fui rodar a internet pra saber o que dizem de cada uma.
Weltenburger Urtyp Hell
Leve, com teor alcoólico de 4,9%, seria a melhor pra ser consumida em nosso clima quente. Tem um certo amargor, mas confesso que curti até essa parte. A titulo de informação a Weltenburger Kloster Urtyp Hell ganhou o 1º lugar na categoria Münchner Helles (cervejas claras tipo Munique) na World Beer Cup de 2012, em San Diego-California, EUA.
Weltenburger Anno 1050
Seguindo a receita original desde o ano de sua criação, essa foi uma das primeiras produzidas naquele monastério. É uma cerveja tipo abadia de puro malte, na Alemanha classificada como “märzenbier”. Cor amarelo ouro, 5,5m,% de teor alcoólico. Com sabor marcante, ligeiramente adocicada, entretanto com um discreto amargor.
Weltenburger Hefe-Weissbier Dunkel
As cervejas de trigo hoje bastante famosas, ainda possuem um membro da família um tanto quanto anônimos, são as cervejas de trigo escuras, essa aqui tem teor alcoólico mediano (5,3%). Como as dunkel de uma forma geral possui sabor ligeiramente torrado, com notas leves de lúpulo, levedura, pão, caramelo e chocolate.
Weltenburger Barock Dunkel
Com 4,7% de teor alcoólico, essa cerveja – minha preferida da marca – tem um sabor marcante e típico das dunkel (estilo de cerveja escura Alemã). Um toque de torrefação, caramelo, pão, café e chocolate. Tem um certo adocicado do malte no final que é top. O aroma dessa então, impossível descrever, corre lá e experimenta.
Ruins por serem produzidas no Brasil?
Nem adianta torcer a boca e achar que essas maravilhas perdem algo por serem produzidas aqui no Brasil e não na Alemanha. Num papo de bar que tive com Álvaro Nogueira, o mestre cervejeiro do grupo, podemos esclarecer alguns pontos.
Sobre como o grupo mantém a integridade da receita na sua fabrica em Teresópolis, ele me disse:
“Durante a implantação da produção da Weltenburger Kloster, pelo Grupo Petrópolis em sua fábrica de Teresópolis, os responsáveis pela produção na fábrica da Alemanha acompanharam os testes com os equipamentos, as compras das matérias primas, as brasagens e os envases por mais de dois anos consecutivos.
O Grupo Petrópolis utiliza as mesmas matérias primas que são utilizadas na Alemanha, inclusive a levedura. Apenas a água é nacional, a pura água das serras de Teresópolis captada em poços profundos e valorizada a cada gota.
Atualmente, o mestre cervejeiro da Weltenburger Kloster vem ao Brasil em algumas produções, participa de divulgações em feiras e recebe amostras de cada uma das produções realizadas em Teresópolis, em seu laboratório na Alemanha, para garantir que a cerveja produzida em Teresópolis tenha o mesmo sabor da cerveja produzida por ele. O importante é que só vêm elogios após as análises sensoriais”.
Ainda disse que ao longo dos anos a implementação tecnológica mudou a forma como eles usam as matérias primas, mas os testes técnicos garantem que não afetou em nada no sabor.
Álvaro também me confessou que essas são as mais complexas cervejas para se apreciar do portfólio do grupo, por isso sua distribuição requer estudo e até mesmo treinamento de pessoal, para melhor atender os clientes interessados.
Ponto para o grupo por essa atenção com seus consumidores. Quanto ao aumento da linha produzida aqui no Brasil ele esclareceu o seguinte.
“A escolha dos rótulos visou preencher algumas lacunas do nosso portfólio. Por exemplo: o Grupo Petrópolis possui uma cerveja de trigo clara, a Petra Weiss Bier, por isso optou por não produzir a cerveja de trigo clara da Weltenburger Kloster. A ampliação dessa linha de produtos é uma prerrogativa da nossa área de marketing que define a seu tempo qual o rótulo que pode ser útil a nós e também passa por uma adequação dos termos contratuais.”
Finalizando
Obviamente deve haver quem não curta a marca, ou que não veja nenhuma maravilha, ou ainda aqueles que queiram me apontar centenas “melhores”, entretanto, acredito que a tradição empregada nessa produção merece um crédito.
Os caras estão fazendo cerveja desde antes dos portugueses pintarem por aqui. Além disso, o custo beneficio vale muito a pena, em média encontro entre R$7-10 a garrafa de 500ml, para a qualidade que o produto oferece isso é nada, acreditem.
Não, eu não estou ganhando pra falar assim, mas quando gosto de um produto eu faço questão de dar o papo pra galera.
Abraço e até a próxima.