Review das cachaças Santo Grau raras de origem

Falamos recentemente sobre duas cachaças fodásticas da Santo Grau, raras de origem, que são feitas no tradicional sistema de Solera, em barris de vinho Jerez, vindo da Espanha. Mas ainda não tínhamos falado sobre o nosso ponto de vista de review sobre elas, o que achamos delas, etc. Aqui vamos nós 🙂

Solera Pedro Ximenes

Solera Pedro Ximenes

Comecei bebendo a Solera Pedro Ximenes, que na minha percepção inicial seria menos impactante que a Cinco Botas, mas foi mais mesmo pelo nome, que gostei mais da Cinco Botas, por ser a tradução de barris, gostei disso. Mas ledo engano sobre ser menos impactante. Eu a achei seca, talvez até comum sobre cachaças artesanais, mas um pouco acima do normal. Mas isso não fez com que eu gostasse menos, gosto desse seco também na cerveja.

Um ponto que achei importante falar é que ela é bem forte na graduação alcoólica, mas digo isso na percepção mesmo. Ela tem 42%, forte, mas nada acima do normal, mas você consegue perceber bem isso quando bebe, diferente de algumas outras experiências que tive com cerveja, que são bem fortes mais não tão perceptíveis. Me agradou bastante o amadeirado dela, adoro cachaças assim, meio licorosa também, sagaz.

Mas o que mais me agradou nela foi o aroma. Confesso que em termos de cachaça eu não sou sagaz ao ponto de falar o aroma disso, “aroma de alface com canela e açúcar mascavo“, essas paradas loucas que especialistas fodásticos possuem, mas dá pra dizer que é espetacular, você sente o aroma da madeira, do carvalho utilizado, simplesmente fantástico.

Algo que eu esperava mais era perceber um pouco mais do vinho característico do barril de Jerez, não consegui perceber tanto, mas talvez por não ser um especialista bizarro na percepção desses detalhes, mas ainda sim é perceptível. Muito aprovada, mas tem que tomar com cuidado por causa da força alcoólica que ela tem.

Solera Cinco Botas

Solera Cinco Botas

A Solera Cinco Botas eu fui beber esperando bastante coisa dela, com uma puta expectativa, talvez por causa da simpatia pelo nome :P. Curti por ser um pouco menos seca que a PX, no ponto certo. Algo que eu esperava mais e que a PX foi extremamente superior foi no aroma, que é mais amadeirado, mas uma coisa que percebi é que ele vai fixando mais com o tempo, depois das primeiras goladas, achei isso deveras interessante.

A cor é sagaz assim como a da PX, fora que ela me deu uma percepção menor do amadeirado que o do que senti na PX, mas mesmo assim achei muito bom, agradável nesse aspecto.

Mas ela me surpreendeu pra cacete num dos principais pontos: o sabor. Simplesmente espetacular. Bebi um pouco e deixei alguns segundos na boca, começou a dar uma sensação apimentada na boca, uma queimação foda pra cacete, achei sensacional, um aroma não tão forte, daí você bebe e aguarda um pouco e ela vem descendo sagaz, meio apimentada e aumentado segundos depois, uma experiência muito diferente, aprovada.

Finalizando

Elas duas na coloração são bem parecidas, mas bem diferentes no aroma e sabor. Se desse pra juntar o aroma de uma com o sabor de outra ficaria algo extremamente foda, diferenciado, mas as duas se diferenciam muito bem com seus detalhes, uma bela surpresa. Achei o delas também interessante, por volta de R$99, que para uma cachaça Premium é abaixo do valor de mercado, mais um ponto pra eles.

Veja mais detalhes sobre a Solera Pedro Ximenes e sobre a Solera Cinco Botas no site oficial da Santo Grau, que ainda possui alguns outros rótulos deveras interessante.

E você, já conhecia a Santo Grau? Já bebeu uma das cachaças raras de origem deles? Querem ganhar alguma? Podemos fazer um concurso, o que acham?

Beijo na alcatra.