Quando foi que começamos a beber cerveja, vinho, o álcool em si? O Proceedings of The National Academy os Sciences resolveu correr atrás disso e mostrou numa pesquisa recente. Confira!
Cientistas americanos divulgaram no começo da semana semana os resultados de uma pesquisa muito interessante. Mas vocês devem está se perguntando: o que isso tem a ver com o PdB?
Sim meus caros, eu posso confirmar que tem tudo a ver, ainda mais quando se trata de uma pesquisa que investiga quando os seres humanos começaram a consumir álcool. Boa pergunta, não?
Quando começamos a consumir álcool? A ciência te responde
Para responder essa duvida, já que é tão difícil definir quando a farra começou, levando em conta que dentro da história de qualquer civilização das antigas sempre aparece o consumo de álcool por fins medicinais, religiosos e mais modernamente no “lazer”. Cientistas escolheram fazer investigação através do sequenciamento e evolução de genes que codifica um grupo de enzimas denominado ADH4, essas são responsáveis por quebrar as moléculas de álcool no nosso organismo, ou seja, nos ajudar a metabolizar a substância.
Através de técnicas modernas eles compararam genes de 28 mamíferos de diferentes espécies, dentre essas 17 primatas. E além de sequenciar, testaram a efetividade dessas enzimas em quebrar o álcool e o que descobriram foi incrível.
Uma mutação que surgiu a cerca de 10 milhões de anos deu aos ancestrais do homem a capacidade de metabolizar o etanol. Mas você deve estar se perguntando: 10 milhões de anos? E onde estava o álcool?? A resposta é: nas frutas podres, meus caros. As frutas que caíam e apodreciam no chão, entravam num processo de fermentação natural e já continham uma certa quantidade de etanol. A opção de poder comer essas frutas dava a esses animais uma chance a mais quando os tempos ficavam difíceis e a competição aumentava, os cientistas também sugerem que nesse momento os ancestrais do homem estavam optando por uma vida mais terrestre.
Fruta podre como segunda opção, claro
Matthew Carrigan, autor da pesquisa, explica que o etanol era a segunda opção, obviamente, se havia abundância de frutas em bom estado, não tinham porque consumir podres. Toda via, se a quantidade de frutas normais era pequena ou nula, a capacidade de metabolizar o etanol assim minimizando os efeitos do álcool no organismo era uma super vantagem adaptativa.
Entretanto, Mattew faz ressalvas. Ele esclarece que a quantidade de álcool nas frutas são muito pequenas e por isso a capacidade dessas enzimas em metabolizar é compatível com essa quantidade. Com o surgimento das civilizações e a criação das bebidas com significativo teor alcoólico, o corpo não teve tempo para se adaptar aos elevados índices de álcool que essas substâncias têm, e, por isso, ainda sofremos consequências ruins se consumimos álcool em grandes quantidade. Podemos ver isso também em outras substâncias como o açúcar e gordura, que assim como o álcool, em quantidades equilibradas podem trazer vários benefícios.
Finalizando
Com isso, o modelo de que o álcool só entrou na dieta humana quando aprendemos a direcionar a fermentação dos vegetais como a uva a nosso favor cai por terra. O estudo mostrou que há muito tempo que a gente toma umas por aí hehehe.
Essa publicação foi escrita com base na matéria do livescience, mas pra quem quer ver o artigo da pesquisa, está hospedado no site da Proceedings of The National Academy os Sciences of the United States of America: pnas.org