Veja o quinto capítulo de um TCC sobre copos de cerveja. Nesse artigo é falado sobre a chegada da cerveja ao Brasil através dos portugueses, surgimento da Bohemia, Antarctica, Brahma, entre outras.
Nossos amigos holandeses trouxeram esse precioso líquido ao País com a Companhia das Índias Orientais. Mas quando eles vazaram em 1654, ninguém mais viu cerveja por aqui…
Cadê a cerveja?
Até que Napoleão Bonaparte, puto com Portugal porque estavam meio assim em aderir ao Bloqueio Continental à Inglaterra, mandou suas tropas invadirem o País e a Família Real Portuguesa achou melhor fugir para o Brasil, em 1807. Em 1808, D. João declarou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
Créditos: Corvos e Caravelas
Mas nessa época, o que o povo gostava mesmo era de vinho e cachaça. Para piorar, nos primórdios, as cervejas aqui não tinham marca, pois eram vendidas diretamente dos barris.
Um lugar que ajudou a mudar esse cenário um pouco foi o Bar Luiz, que existe até hoje no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.
Grande Bar Luiz
Créditos: ABIHRJ
O bar surgiu em 1887, fundado por Jacob Wendling, filho de suíços, e ficou super famoso pelos desafios de “braço de ferro” que o sobrinho do fundador, Adolf Rumjaneck, fazia com os clientes. Se o Adolf perdesse a disputa, o cliente sortudo poderia beber o que quisesse, por conta da casa. Agora, se o cliente perdesse, era obrigado a provar a principal bebida de lá – o chope! E não podia fugir da conta.
Cerveja virando sucesso
Créditos: Bier Cool
Ao passar dos anos, a cerveja e o chope foram ganhando popularidade no Brasil. Em 1836, saiu no “Jornal do Commercio do Rio de Janeiro” uma tímida notinha – a primeira – sobre fabricação de chope no País, a “Cerveja Brazileira”.
Em 1853 surgiu a Bohemia no Rio de Janeiro e, em 1888, a Antarctica, em São Paulo que, antes disso, produzia alimentos relacionados à carne de porco e possuía uma máquina de fazer gelo – daí o nome.
Surgimento da Antartica Paulista
Créditos: São Paulo Antiga
O proprietário da Antarctica, Joaquim Salles, ficou sócio de um cervejeiro alemão, Luiz Bücher, que gostou da empresa por causa das instalações, água limpa e vários frigoríficos, o que era ótimo para acondicionar as cervejas produzidas – surgia assim a “Antarctica Paulista – Fábrica de Gelo e Cervejaria”.
Junto veio a Brahma (inicialmente “Manufatura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia), alguns anos depois a Cerpa e a Skol e inúmeras outras cervejarias, pegando carona com a burguesia vinda da industrialização e com os imigrantes. Surgiu aí uma competição interminável pela preferência do povo brasileiro.
Finalizando
O legal hoje é ver que também existem no País inúmeras cervejarias artesanais, investindo na criação e divulgação de cervejas deliciosas.
E você, qual cerveja tupiniquim é a sua preferida?
*As referências para a pesquisa do meu TCC encontram-se nos livros Larousse da Cerveja (Ronaldo Morado), Folha Explica: a cerveja (Josimar Melo) entre outros.